quarta-feira, 11 de março de 2015

Uma sugestão literária

"Diz não à droga!


   Bem, o livro de que vos vou falar chama-se A Lua de Joana. Este é um livro que que conheço muito bem e que apresentei nas aulas de Português no Plano Regional de Leitura.
   O livro começa por nos apresentar duas amigas: a Joana e a Marta. Aí temos a oportunidade de conhecer duas excelentes alunas que gostam da escola e do que lá aprendem. No entanto, a Marta envolve-se no consumo de drogas e morre. Este acontecimento é um momento muito difícil de ultrapassar  e de aceitar para  Joana.
   Ainda assim,  a infelicidade de Joana não acaba aqui. O irmão de Marta, para esquecer  a morte da irmã, começa a injetar-se e morre também. A Joana segue-lhe as pisadas e começa a inalar droga. Mais uma vez, o fim não é feliz e Joana "consome" a substância que também acabará com a sua vida. A protagonista da história morre com uma overdose.
   Eu acho que a mensagem principal deste livro é que "se consomes morres"- uma frase empolgante, na minha opinião.
   Adorei ter lido este livro que me foi aconselhado pela minha irmã. Aprendi, ao lê-lo, que ninguém precisa de drogas para sobreviver, que há outras formas mais saudáveis de fugirmos aos nossos problemas e que a droga pode matar. Na apresentação do livro à turma, lembro-me de estar muito entusiasmado e de ter aconselhado a sua leitura a todos os meus colegas  pois conta-nos uma história interessante, empolgante( embora tenha um fim infeliz) e com uma mensagem importantíssima: ensina-nos a dizer não à Droga."


Miguel Ângelo-6ºE (Resposta dada num teste de avaliação de Português, em que se pedia 
que os alunos discorressem sobre um livro do seu agrado e justificassem a sua escolha).

Visita de estudo às instalações da PSP da Ribeira Brava

No dia 10 de março, as turmas de CEF de 8º e 9º anos foram convidadas a visitar as instalações da PSP da Ribeira Brava para que, dessa forma, pudessem ficar mais familiarizadas com o lado humano da Justiça.
Pretendeu-se, em simultâneo, que os alunos tivessem uma perceção mais exata de quais as consequências legais que comportamentos aditivos e tóxicos podem causar. Da mesma forma, era nosso objetivo pôr em evidência que o mundo da toxicodependência tem, necessariamente, reflexos negativos  a níveis pessoal, profissional e social.
Nesse âmbito, procedeu-se a uma visita guiada e os alunos puderam entrar na realidade de uma esquadra. Foi-lhes dada a oportunidade de "pisar" uma cela de detenção e experimentar a sensação (ainda que fugaz) da privação da liberdade, visitaram o ginásio onde os agentes mantêm a forma física, as camaratas onde lhes é permitido pernoitarem/descansarem, o refeitório e, por fim (ainda dentro das instalações) assistiram a uma pequena palestra/conversa onde a temática da toxicodependência foi abordada.
Através da partilha de conhecimentos, adquiridos no âmbito do desempenho das suas funções, os agentes Emanuela e Camacho tentaram mostrar que o desejo de experimentar substâncias desconhecidas nem sempre tem um desfecho feliz, que a euforia inicial pode desembocar num labirinto sem saída onde as perspetivas de um futuro profissional e uma vida ajustada vão sendo diminuídas, onde o isolamento  social e a destruição de vidas é, não raras vezes, uma infeliz realidade.
Pareceu-nos que os alunos "perceberam" que existem alternativas mais saudáveis e menos limitadoras, que existem caminhos mais felizes que podem ser percorridos. Embora saibamos que, apesar da sua tenra idade, já haviam chegado a essa conclusão, julgamos que nunca é excessivo relembrar aquilo que aos nossos olhos parece evidente.
No decorrer da palestra (e como é sempre interessante conhecer novas realidades) foi dada a oportunidade a que alguns alunos se voluntariassem para realizar o teste de alcoolemia. Foi uma oportunidade feliz de mostrarem que naquele momento a sobriedade era imperatriz. No final da visita, alguns alunos puderam fazer um "reconhecimento" das viaturas de serviço.

O Projeto Atlante agradece a simpatia e disponibilidade demonstrada por todos os intervenientes: professores que acompanharam as turmas e agentes. A estes últimos devemos um agradecimento especial por, em tudo, terem sido solícitos e por terem conseguido cativar os nossos alunos.

domingo, 8 de março de 2015

8 de março - Dia Internacional da Mulher

    Porque hoje ( tal como todos os outros dias do ano) é importante relembrar a luta das mulheres pela sua independência e pela sua auto-determinação.
     Porque hoje ( tal como todos os outros dias do ano) é importante relembrar que , aos olhos de uma sociedade, maioritariamente, patriarcal é importante definir o conceito de igualdade de género e mostrar a sua urgência.

   Poderá parecer descabida esta homenagem, feita num blog escolar, dedicado à prevenção das dependências. Mas, uma vez que  surge da necessidade de todos atingirmos essa capacidade de nos sabermos livres e donos das nossas decisões, sem amarras, sem grilhões, sem estereótipos que perseguem, esmagam e oprimem. 
  "No quadrinho acima, Maitena utiliza uma imagem que remete à via crucis de Jesus para retratar o quanto a sociedade deprecia a mulher. A autora a desenha, literalmente, sob o peso do símbolo de um sexo que precisa constantemente provar-se tão capaz quanto seu companheiro do sexo masculino, porque nas relações entre os gêneros, quase sempre diversidade significa inferioridade, e não, como deveria, uma distinção constitutiva, complementar para ambos. Essa é a “cruz” que coube à mulher carregar."

Fonte: MAITENA E SUAS MULHERES ALTERADAS: a construção do feminino na contemporaneidade 


E a questão que se impõe é: caminhamos tanto assim ou na ânsia de nos libertarmos, criamos novos jugos? Maitena Burundarena, tenta uma resposta...

Beco-Lena d’Água, Terra Prometida, 1986

Era de noite, lembro-me bem
Como se fosse agora e aqui
O frio cortava como navalha
E a malta muda e sem se mexer
Como as pedras da calçada
[...]
Tudo bem alto, ninguém sonhava então
Que ia entrar num beco sem saída

Ele era meu amigo desde os dias de escola
Gostava de brincar comigo aos índios e aos cowboys
E eu sonhava poder vir a ser a sua companheira
Mas o meu herói quis outra heroína
O meu herói quis outra heroína
[...]
A morte veio, e sem dizer nada
Ele partiu com ela na montada
E eu fiquei rouca de gritar por dentro
Mas já de nada serviu o lamento
[...]

(Letra e música de Luís Pedro Fonseca)

 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

As drogas e o cérebro

MUITO INTERESSANTE!
Uma apresentação de como as drogas interagem com o cérebro.
Clique na imagem e explore as informações que lhe são dadas.

Fonte:http://www.jellinek.nl/english/

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Despenalização do consumo das drogas leves? Cánabis nas farmácias?

http://62.28.148.29/php/pdf/2015/02/13/flash/2015-02-13.php
Reportagem  de sexta feira, 13 de fevereiro de 2015 in Jornal da Madeira.
Abra o link e leia a informação constante nas páginas 5 e 6.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Corta com a Violência: Bullying

Porque, por vezes, a necessidade de se sentir integrado é maior do que a nossa autoestima.
Porque, por vezes, a nossa identidade vale mais do que os rebanhos, temos que marcar a nossa diferença e saber dizer não.
Eis um vídeo para que façamos essa reflexão.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Porquê dizer não?

                                 Porque dizer não?
Para saber mais, consulta aqui.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

ÁLCOOL

Guilhotinas, pelouros e castelos
Resvalam longamente em procissão;
Volteiam-me crepúsculos amarelos,
Mordidos, doentios de roxidão.

Batem asas d'auréola aos meus ouvidos,
Grifam-me sons de côr e de perfumes,
Ferem-me os olhos turbilhões de gumes,
Desce-me a alma, sangram-me os sentidos.

Respiro-me no ar que ao longe vem,
Da luz que me ilumina participo;
Quero reunir-me, e todo me dissipo -
Luto, estrebucho... Em vão! Silvo pra além...

Corro em volta de mim sem me encontrar...
Tudo oscila e se abate como espuma...
Um disco de ouro surge a voltear...
Fecho os meus olhos com pavor da bruma...

Que droga foi a que me inoculei?
Ópio d'inferno em vez de paraíso?...
Que sortilégio a mim próprio lancei?
Como é que em dor genial eu me eterizo?

Nem ópio nem morfina. O que me ardeu,
Foi alcool mais raro e penetrante:
É só de mim que eu ando delirante -
Manhã tão forte que me anoiteceu.



, in 'Dispersão'

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015